O direito ao projeto de vida e a exigência de dignidade da pessoa humana preservação e reparação de seu dano, em tempos de capitalismo de vigilância

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Osvaldo R. Burgos

Resumo

Uma lógica de acumulação e um modo de dominação que, na sua subjugação da consciência e no seu confisco do tempo futuro - duas questões que Zuboff trata expressamente - põe em risco a própria existência da pessoa; eles criam uma máscara - um avatar, uma identidade digital - que assume seu lugar impunemente. Então, ao compartimentar as sociedades em populações agregadas ou comunidades de interesses, eles aceleram as escalas de desigualdade e a produção de resíduos - típica de qualquer lógica de acumulação - que, quando apropriado, é medida em perfis descartáveis. Ou seja, em pessoas que não importam, que não importam. Essas duas questões, a da máscara e a do descarte, são o que articularão nossa exposição. Mas, vamos revisar o que é capitalismo de vigilância, como Zuboff o descreve. A quarta etapa do capitalismo, que desta vez fetichiza, para transformar em mercadoria, nossos próprios comportamentos futuros; levando a uma concentração de riqueza e conhecimento que atinge níveis inéditos. Como se faz? Pela implantação indiscriminada - e, portanto, anômica, desregulada - de sua inteligência artificial. Procurarei defender aqui que, ao adotar um paradigma de reparação integral - e entender o direito como liberdade, como um compromisso contínuo de ampliação de direitos e não como uma simples ferramenta de exercício de dominação - o direito a um projeto de vida aparece como uma noção de que ele necessariamente opera em ambas as instâncias de reparo.

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Como Citar
BURGOS, O. R. O direito ao projeto de vida e a exigência de dignidade da pessoa humana: preservação e reparação de seu dano, em tempos de capitalismo de vigilância. Revista IBERC, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 132–154, 2022. DOI: 10.37963/iberc.v5i1.176. Disponível em: https://revistaiberc.responsabilidadecivil.org/iberc/article/view/176. Acesso em: 27 jun. 2025.
Seção
Doutrina Estrangeira
Biografia do Autor

Osvaldo R. Burgos, Universidad Nacional de Rosario, Argentina

Abogado. Fundador y titular del Estudio Jurídico Burgos, Rosario, desde 1994 a la actualidad. Licenciatura en Filosofía (UNR, 2017 a la fecha). Posgrado en Antropología Urbana (FLACSO, 2016). Doctorado en Derecho (UNR, 2006 – 2010). Posgrado en Derecho de Daños (UCA, 1996). Ha publicado los libros: La Filosofía del Daño y su Reparación. Obra Ensayística Reunida. (Ediciones Olejnik, Santiago, Chile, 2019); El Derecho como Promesa. Condolencia, sentido estético y hospitalidad. (Universidad Libre de Bogotá, Colombia, 2015); Daños al Proyecto de Vida (Editorial Astrea, Buenos Aires, Argentina, 2012); Será Ficción. De Hamlet, Nietzsche y la (in)justicia del ser representado. El derecho en la sociedad desestructurada. (EsPeJo, Rosario, 2008) (Reeditado en 2018 por OLEJNIK, Chile; y por GRUPO EDITORIAL IBAÑEZ, Colombia). Libros publicados de materia no jurídica: Todas las vidas a la vez –Literatura / Mitología-, Córdoba, Argentina, 2016; Elegir ser mortal (Corónide) –Literatura / Filosofía-, Santiago, Chile, 2018; Fragmentos de lo in(con)cluso –Literatura/ Mitología / Crónica de lo real, formato digital, 2020. Autor jurídico catalogado en el GLIN, Global Legal International Network, Biblioteca del Congreso, Estados Unidos de América. / Docente Invitado al Diplomatura en Derecho de Daños, Universidad Nacional de San Juan, Argentina. / Docente Curso de Posgrado en Derecho de Daños y Responsabilidad Civil, Colegio de Abogados de Rosario. / Conferencista (la última de las cuales fue sobre Daños al proyecto de vida, en el ciclo de formación para jueces y operadores judiciales, organizado por la Corte Superior de la Selva Central, Perú, junio de 2020) y responsable seminarios de grado y posgrado en distintas ciudades de Argentina, Costa Rica y Perú (el último de los cuales fue el curso “Protección Jurídica del Proyecto de vida. ¿Cuestión filosófica, garantía constitucional, herramienta del derecho privado?” organizado por Instituto Fundamentos, Perú, junio de 2020) / Autor y docente responsable Seminario Figuras de la Exclusión (Justicia, Derecho, Literatura) / Docente en Consejo Profesional de Ciencias Jurídicas. / Único Jurista argentino invitado al Convegno Internazionale Responsabilitá Civile: Le sfide del XXI secolo, realizado en Nápoles, Italia, febrero de 2020. Ponente y conferencista en Congresos Jurídicos y Filosóficos en Argentina, Italia, Costa Rica, Venezuela, Colombia y Perú. / Autor de ensayos con publicaciones frecuentes en Daños y Seguros, La Ley, Buenos Aires, Argentina - Revista de Derecho de Daños, Rubinzal Culzoni, Daños a la Persona, Santa Fe, Argentina - Abogados, Revista del Colegio de Abogados de Buenos Aires – Revista Ibero-Latinoamericana de Seguros, Pontificia Universidad Javeriana, Bogotá, Colombia – El Periódico, publicación del Colegio de Abogados de Rosario. / Jurista invitado a numerosas antologías y publicaciones colectivas. / Creador de la clasificación de los daños resarcibles legalmente receptada en el Código Civil Unificado de la República Argentina.